Provocações
Caros leitores, integrantes e acompanhantes da LES,
Divido com vocês este texto provocador de Oscar Fingal O'Flahertie Wills Wilde, ou simplesmente "Oscar Wilde", o escritor irlandês que escreveu o famoso livro "O Retrato de Dorian Gray" que fala da arte e da vaidade humana, um texto cru e ousado para a época (para aqueles que ainda não se situaram, é sobre o homem que é pintado um quadro com a sua imagem e só o quadro envelhece e ele se mantém sempre jovem, quem ainda não leu, vale a pena conferir).
Divido com vocês este texto provocador de Oscar Fingal O'Flahertie Wills Wilde, ou simplesmente "Oscar Wilde", o escritor irlandês que escreveu o famoso livro "O Retrato de Dorian Gray" que fala da arte e da vaidade humana, um texto cru e ousado para a época (para aqueles que ainda não se situaram, é sobre o homem que é pintado um quadro com a sua imagem e só o quadro envelhece e ele se mantém sempre jovem, quem ainda não leu, vale a pena conferir).
Gosto deste texto porque fala de aprendizagem, do que nos impele, como fala no começo: "Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila. / Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante. (...)". E é a vocês que o nosso trabalho alcança, nós que não queremos apagar nossos olhos, nem cair na mesmice. Convido vocês para assistirem este vídeo do programa "Provocações" da TV Cultura que passa toda à terça-feira à noite (às 11hs), com Antônio Abujamra, esse ator e diretor, humorista irreverente, que eu adoro ver declamando.
Loucos e Santos, para nos embalar, questionar e formar no período de greve:
- Oscar Wilde
Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila.
Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante.
A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos.
Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo.
Deles não quero resposta, quero meu avesso.
Que me tragam dúvidas e angústias e agüentem o que há de pior em mim.
Para isso, só sendo louco.
Quero os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças.
Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta.
Não quero só o ombro e o colo, quero também sua maior alegria.
Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto.
Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade.
Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos.
Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça.
Não quero amigos adultos nem chatos.
Quero-os metade infância e outra metade velhice!
Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto; e velhos, para que nunca tenham pressa.
Tenho amigos para saber quem eu sou.
Pois os vendo loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que "normalidade" é uma ilusão imbecil e estéril.
Um abraço,
Mayara Floss
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