Da Liga de Educação em Saúde e seus reflexos




           Ando percebendo que des(acredito) muito. Mas, sabe, eu também creio muito. E se, hoje, eu tivesse que contar sobre algo que acredito, sem dúvida eu contaria sobre como creio nas pequenas atitudes e no efeito multiplicador que elas podem alcançar quando verdadeiramente contagiam outros.
           Assim começa a minha história com a Liga de Educação em Saúde.  Ainda não acompanhei uma atividade prática ou uma reunião teórica, não tenho propriedade para falar sobre a dinâmica e vivências dos participantes e tampouco sobre o embasamento teórico e das discussões que fazem. Sobre o que eu posso falar são os reflexos que venho sentindo desde 2011.
         Não há dúvida de que práticas individuais e coletivas geram reflexos que não conseguimos dimensionar. E é nesse sentido que fui contagiada, em doses homeopáticas, pelos participantes da Liga. Em pequenas conversas com integrantes, lendo suas publicações, acompanhando de perto a confeccção dos banners para o 15º Congresso Gaúcho de Educação Médica, vendo fotos das atividades realizadas, lendo alguns textos usados nos encontros teóricos, e em tantos outros momentos, minha curiosidade em relação à Liga foi aumentando. Mas é no brilho do olhar que fui contagiada.
         A mudança não é um corpo de doutrina, é um movimento em constante conhecimento sobre si mesmo e sobre aqueles que nela acreditam. Eu vi vida no brilho dos olhos de muitos integrantes da Liga. Vida em movimento. E vida valorizando algo que me encanta: a aquisição do saber sendo considerada no mesmo patamar que o saber propriamente dito.
        Os  reflexos que observei nas práticas em saúde daqueles envolvidos nos espaços de ensinagem proporcionados pela Liga fisgaram a minha atenção. Colegas de sala de aula, veteranos, ‘avó’teranos. Não importa o ano do curso. Somos todos um, um deles disse. Lembro, daí, da expressão “compañero” que se usa no espanhol, numa significância bem mais ampla do que apenas “colega”.
         Venho de um turbilhão, de um período rico, de reavalição sobre tudo. E foi durante essas férias, ou grérias, como preferir, – numa junção de férias com greve, que a minha vontade tímida de participar da Liga de Educação em Saúde tomou forma e decisão concreta. É por buscar a mesma alegria e satisfação que senti em seus integrantes que na última quinta-feira participei do meu primeiro encontro na Liga. É por querer aprender com esse grupo e, se possível, contribuir nele. Mas não só por isso; é também porque desejo fazer parte de uma mudança e porque desde já quero que essa mudança traga reflexos em minhas práticas de estudante de medicina e, futuramente, de trabalhadora da saúde.
            No final do primeiro encontro que participei, pediram que  definisse a Liga com uma palavra. Não hesitei, não houve dúvida: desafio. Sim, no momento, a palavra que define a Liga de Educação em Saúde para mim é desafio.  Mas se eu pudesse usar mais de uma palavra seria: um imenso e contagiante desafio.

                                                         obrigada a todos que me acolheram tão bem!
                                                                                                         um abraço,
                                                                                    Vanessa Cardoso Barrientos

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